As empresas familiares são dinâmicas no setor dos serviços ;

As empresas familiares são dinâmicas no setor dos serviços
Na atualidade, falar de sociedades familiares já não é sinónimo de negócios estagnados no tempo, ultrapassados e em decadência. Pelo contrário, as empresas familiares assumem-se como dos intervenientes mais ativos nos seus setores de atividade, sejam eles nas áreas mais ligadas à indústria e produção ou ao comércio e atividades de serviços mais ligadas ao conhecimento.
O estudo “Empresas familiares da Região Norte: Mapeamento, Retratos e Testemunhos”, de 2018, desenvolvido pela UMinho, efetuou um cruzamento entre cinco atividades mais expressivas das empresas familiares e o seu nº de trabalhadores.
Em termos genéricos, com o incremento do nº de trabalhadores, assiste-se a um comportamento idêntico, mas oposto, de dois agrupamentos de atividades das empresas:
  • Redução do nº de empresas dedicadas ao alojamento e restauração, atividades do conhecimento e do comércio;
  • Aumento das empresas ligadas à indústria e à construção.
Esta concentração em determinadas atividades e a continuidade geracional refletem um contínuo investimento e crescimento dos negócios familiares, o que é essencial para as respetivas empresas, famílias, empregados se todo o meio envolvente onde se encontram inseridas.

António Marques Pinho e Manuel Soares Antunes começaram a trabalhar juntos em 1926, como empregados dos Armazéns da Capela ‘Pompadour’ e depois como sócios dos Armazéns do Norte, de onde saíram, em 1960, para se reunirem aos filhos Manuel Marques e Manuel Antunes e constituírem uma sociedade comercial. Nascia assim, na Rua das Carmelitas, no Porto, a MARQUES SOARES: uma loja de 150 m2 e 10 funcionários para vender tecidos para vestuário, malhas e camisaria.
A experiência de mais de trinta anos dos sócios, a simpatia e o carinho que dedicavam aos seus clientes transformou-os nos empresários que possuíam a melhor clientela do Porto, oferecendo sempre as últimas novidades e a melhor qualidade.
Desde a sua fundação que vendiam para todo o país, por meio de cartazes de tecidos e, em 1980, pelo envio a todos os clientes do primeiro catálogo ilustrado, contendo confeção de homem, senhora, criança e decoração.
Gerida atualmente por cinco membros da 3ª geração, a sociedade reúne mais de 14.000 m2 e 300 funcionários, divididos entre Porto, Braga, Aveiro, Santarém, Beja, Vila Real e Évora, continuando a enviar um catálogo a cores para os seus 70 000 clientes.
As vendas no site online representam cerca 6% do total, mas os investimentos na ordem de J200.000 elevam o objetivo para os 10% em 2019.


Temas para reflexão:
  • Devemos manter a concentração nas atuais atividades ou diversificar para outras?
  • Para onde estão a direcionar-se os nossos principais concorrentes?
  • Como podemos ser mais competitivos e fortes nas nossas áreas de atuação?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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@empresasfamiliaresdesucesso
 
 
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
http://www.efconsulting.pt
 


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